Jessé Pic Favela - poesia de improviso:

"Somos o que Somos?"

"Até quando se martirizar para ser aceito;
Até quando sangrar por não ser perfeito;
Pra que sofrer se não tem mais jeito;
Irá chorar pelo que não foi feito?

Os dias seguem vorazes;
Testando e aprovando os capazes;
Mantendo táticas eficazes;
De sempre espirrar os covardes.

Por isso pergunto,Até quando;
Se vivemos cada vez menos em bando;
Se não vejo o inimigo recuando;
E vejo os meus se acabando!?

Me restou resistir, ficar e fazer;
pois se eu existir, que irá acontecer?
E mesmo que eu falhe, poderei dizer;
Eu tava lá, mas não vi você."

Corvo

Literatura Marginal invade até o Rock´n Roll:

DESABAFO

DESABAFO

Eu vejo no olhar a tristeza dos meus

Com problemas que parecem com problemas meus

Na depressão desilusão se eu me entregar fudeu

To pronto pra guerra tiu, só confio em deus

Eu tô cansado de ouvir que tudo ta errado

Só vejo a equação porem, não vejo o resultado

Subtrai da quebrada, pra ganhar no senado

Final das contas trutão, tamu sendo enganado

Liberdade é utopia pra quem vive trancado

Censura não existe pra quem vive calado

Quer fazer historia mais não teve passado

Às vezes tenta se mexer mais continua parado

Alienado, achando que o sistema recupera

Só não vejo melhoria pras quebradas e favelas

Eu te amo vale menos do que dez reais

Nos dias atuais ninguém mais garante a paz

Nos anos 90 tempos difíceis foi gravado

2010 e os tempos continuam complicados

Tudo invertido genocídio holocausto destruição

No lugar de escolas presídios casas de detenção

Eu tô ligado, é melhor prevenir do que remediar

O crime só chega onde o estado não consegue chegar

Tem quem nem saiu do aquário, e já acha que ta em mar aberto

Peixe beta em alto mar é petisco de tubarão esperto

Kadu-Rio Claro

Até quando?

 

Até quando,
Atacaremos nosso próprio espelho?
Até quando,
mancharemos nosso solo de vermelho,
Até quando,
meu inimigo será meu irmão,
Até quando,
militantes caindo ao chão,
Até quando,
seguiremos sem perceber a jogada,
Até quando,
trocaremos os valores por nada,
Seguimos entre brados e contradições,
nessa selva, cercados de vermes e leões!
CORVO